A marca da besta

Tem se dado muitas especulações acerca da marca da besta, muitos grupos daqueles que se dizem verdadeiros cristãos e verdadeiros interpretes dos livros proféticos, principalmente do livro do apocalipse dizem que a marca da besta é um tal Chip que seria implantado nas mãos e na testa das pessoas, e que esse chip já está sendo implantado nos nossos dias. Bem, segundo outra interpretação da senhora Ellen G White, como é de costume haver milhares de interpretações no protestantismo, é que a marca da besta seria a troca do dia do sábado, que é o domingo, Ellen, alega que o domingo é a marca da besta e que o sábado é o selo de Deus, já que em apocalipse fala de dois grupos, dos assinalados (fiéis), e dos que levam a marca da besta.

Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes. (Apocalipse 7,3).

Desse modo, sabemos que os servos de Deus, (fiéis) Seriam assinalados em suas frontes também com um selo. Algumas seitas se baseiam dizendo que a marca da besta seria assinalada nas mãos e na testa, e dizem ainda que é um chip que já está sendo implantado. Eu pelo menos não vi nada em apocalipse que fosse chip algum, e que fosse a troca do dia do sábado para o domingo, já que Ellen alega assim. Isso só na mente das seitas e da senhora Ellen G. White, mas mesmo assim, vamos ver em versos, onde eles se baseiam.

Foi-lhe dado, também, comunicar espírito à imagem da Fera, de modo que essa imagem se pusesse a falar e fizesse com que fosse morto todo aquele que não se prostrasse diante dela.
16. Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tivessem um sinal na mão direita e na fronte (Apocalipse 13,15-16).

Esse é a fonte principal deles, primeiro poderia explicar acerca dos assinalados, os servos de Deus em suas frontes, já que coloquei e aparece primeiro no capítulo 7. Mas vou primeiro explicar sobre a tal marca da besta.

Para qualquer um pelo menos que sabe ler, encontraria a resposta nos versículos á seguir do capítulo 13,16, que são os versículos 17-18. Porque lá diz: E que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera, ou o número do seu nome.
18. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis (Apocalipse 13,17-18).

A marca da besta é nada menus que os seiscentos e sessenta e seis, (666), que é número de homem, e não só, também de acordo com o verso 17, que diz que: Ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera, quer isso dizer que o nome da fera é acompanhado com seu número, e aceitar a marca do nome da fera é aceitar, o culto ao imperador e ao império, que era o império romano pagão, por isso muitos santos católicos morreram mártires nos primeiros séculos por não aceitarem adorar o imperador e o império, pois se fizessem, levariam também a marca da besta. Portanto, não é chip algum, muito menos a troca do sábado para o domingo, porque até nem há sentido nisso. Como disse de antemão o nome da fera é acompanhado com o número, é porque a marca da besta, (fera) é 666, que corresponde com o nome de Nero imperador, o grande perseguidor dos cristãos daquela época, e o que significa isso? Total imperfeição, e não só, deve referir-se ás instituições que asseguravam o culto ao imperador e que seduzem os cristãos para o seu culto, tudo que estava ao serviço do império romano contra o cristianismo, isto é, sacerdócio pagão, religiões locais, heresias, etc. E por extensão, podemos aplicar aquela designação ao conjunto de todas as forças que se opõem á igreja e se desenvolvem paralelamente a ela, também se aplica agora a todos perseguidores dos cristãos, como foram os grandes perseguidores Tito, Domiciano e Trajano, (a todos imperadores romanos) que pactuavam com a fera, com o dragão, com o poder do mal; assim também pode se aplicar ao protestantismo que ataca a santa igreja de Deus, pactuam com o dragão. (Difamam, caluniam, mentem, e até chegaram a matar), é o mesmo que a besta o protestantismo, hoje em dia, é o protestantismo a grande perseguidora dos cristãos. Então logicamente, como é um número simbólico, todos protestantes que caluniam hoje a igreja de Deus, estão marcado com a marca da besta, que passou a significar número simbólico de todos perseguidores da verdade, portanto todos que odeiam o evangelho, a igreja de Jesus, e caluniam, a difamam, e querem destrui-la, carregam essa marca da besta que é 666, que passou a significar número simbólico de todos perseguidores da verdade, e como os protestantes odeiam os santos de Deus, e a verdade, a Igreja de Jesus, estão marcado com essa marca. E mais, terão conta disso, assim como apocalipse diz:

 9. Um terceiro anjo seguiu-os, dizendo em alta voz: Se alguém adorar a Fera e a sua imagem, e aceitar o seu sinal na fronte ou na mão,
10. Há-de beber também o vinho da cólera divina, o vinho puro deitado no cálice da sua ira. Será atormentado pelo fogo e pelo enxofre diante dos seus santos anjos e do Cordeiro.
11. A fumaça do seu tormento subirá pelos séculos dos séculos. Não terão descanso algum, dia e noite, esses que adoram a Fera e a sua imagem, e todo aquele que acaso tenha recebido o sinal do seu nome (Apocalipse 14,9-11).

No entanto, posso afirmar abertamente, que Ellen G.White, e as seitas, estão só mais uma vez interpretando mal o livro do apocalipse. Porque a marca da besta é 666, número de homem, com a simbologia do seu nome. (Resumindo: como Nero era o 666, por causa das grandes perseguições que ele fizera, esse número passou a significar a todos perseguidores da verdade e dos cristãos, como Tito, Trajano, Domiciano, e em fim ao protestantismo em geral que odeia a santa igreja de Jesus e seus santos; isso quer dizer que até Ellen G.White, também carrega a marca da besta que é 666), essa, é a marca da besta e não chip algum e a troca do sábado, como alegam os hereges.

Passando para os assinalados de Deus, só posso dizer que, o sinal identificado nos servos de Deus era a cruz, o símbolo mais antigo dos cristão, porque assim se saudavam e assim se comunicavam, a bíblia já mostrava no antigo testamento uma alusão sobre este sinal que é a cruz para os cristãos.

Então a glória do Deus de Israel se elevou de cima do querubim, onde repousava, até a soleira do templo. Chamou o Senhor o homem vestido de linho, que trazia à cintura os instrumentos de escriba,
4. e lhe disse: Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem. (Ezequiel 9,3-4)

Esse era o grande sinal em que o apocalipse nos fala, e há pessoas de poucos conhecimentos ou levados por cobiças, dizem que a cruz foi imposta por Constantino no século IV, o que já entra em contradição com o livro de Ezequiel, e os primeiros cristãos, porque a igreja primitiva já usava a cruz. Vamos as seguintes fontes históricas:

1ª – São João Apóstolo antes de sua morte fez uma cruz sobre sua cabeça com a mão. São João morreu naturalmente na cidade de Éfeso, no terceiro ano do reinado de Trajano, por volta do ano cem da era cristã, quando tinha a idade de noventa e quatro anos, de acordo com São Epifânio.

2ª- Tertuliano por volta do ano 200 afirmou, mais de 100 anos antes de Constantino chegar ao trono imperial, a importância da cruz na vida dos cristãos.

3ª-  Nas cartas de Santo Afri é relatado que por volta do ano 300 um pagão se dirigiu a São Narciso de Gerona e a seu diácono São Félix, mártires executados durante a perseguição do imperador Diocleciano: “Sei que são Cristãos e que com frequência fazem o sinal da Cruz em sua fronte”.

Diocleciano foi um imperador que governou o império romano anos antes de Constantino, na época já se encontrávamos a presença do sinal da cruz.

E para os adventistas, eu quero deixar claro que a afirmação deles de que foi um papa que instituiu o domingo como dia do senhor, é errada, porque é provada na bíblia e nos primeiros cristãos, eles já se mostravam pela obediência do domingo e não do sábado, isso pela ressurreição de Jesus, não vou dar capítulos bíblicos, porque em outra matéria já coloquei muitos capítulos que corroboram a guarda do domingo pelos apóstolos, simplesmente vou colocar testemunhos primitivos. E para encontrarem capítulos, vejam em outra minha matéria que fala do domingo ou sábado.

Eis os testemunhos:

Antes mesmo de Tertuliano, S. Justino de Roma já dava testemunho do culto a Deus aos domingos:

"67. Depois dessa primeira iniciação, recordamos constantemente entre nós essas coisas e aqueles de nós que possuem alguma coisa socorrem todos os necessitados e sempre nos ajudamos mutuamente. Por tudo o que comemos, bendizemos sempre ao Criador de todas as coisas, por meio de seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. No dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se leem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Quando o leitor termina, o presidente faz uma exortação e convite para imitarmos esses belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e elevamos nossas preces. Depois de terminadas, como já dissemos, oferece-se pão, vinho e água, e o presidente, conforme suas forças, faz igualmente subir a Deus suas preces e ações de graças e todo o povo exclama, dizendo: ‘Amém’. Vem depois a distribuição e participação feita a cada um dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio aos ausentes pelos diáconos. Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dá o que bem lhe parece, e o que foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em necessidade. Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame" (Justino de Roma 155 d.C, I Apologia cap 67) (grifos meus).

Antes mesmo de S. Justino, S. Inácio de Antioquia também confirmava o antigo costume entre os cristãos:

"9. Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, maso dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre.Como podemos viver sem aquele que até os profetas, seus discípulos no espírito, esperavam como Mestre? Foi precisamente aquele que justamente esperavam, que ao chegar, os ressuscitou dos mortos. 10. Portanto, não sejamos insensíveis à sua bondade. Se ele nos imitasse na maneira como agimos, já não existiríamos. Contudo, tornando-nos seus discípulos, abraçamos a vida segundo o cristianismo. Quem é chamado com o nome diferente desse, não é de Deus. Jogai fora o mau fermento, velho e ácido, e transformai-vos no fermento novo, que é Jesus Cristo. Deixai-vos salgar por ele, a fim de que nenhum de vós se corrompa, pois é pelo odor que sereis julgados. É absurdo falar de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo judaizar. Não foi o cristianismo que acreditou no judaísmo, e sim o judaísmo no cristianismo, pois nele se reuniu toda língua que acredita em Deus " (Santo Inácio de Antioquia, aos Magnésios. 101 d.C.) (grifos meus).

Antes mesmo de S. Inácio, o primeiro Catecismo Cristão testifica a antiga guarda do domingo:

"Reúnam-se no dia do Senhor [= dominica dies = domingo] para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacrifício de vocês seja puro" (Didaqué 14,1. 96 dC) (grifos meus).

Ellen G White, nem existia, agora eu pergunto aos adventistas, esses fiéis seguidores dos apóstolos, adoraram a besta por observarem o domingo (primeiro dia da semana)?

Para concluir, quero deixar claro que a citação de apocalipse se trata da cruz, que é o símbolo dos verdadeiros cristãos e da verdadeira igreja de Jesus. Aí está a citação:

Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes (Apocalipse 7,3).

Revelação de Jesus Cristo, que lhe foi confiada por Deus para manifestar aos seus servos o que deve acontecer em breve (Apocalipse 1,1)

Escrito por: Benedictus Manuel

Esplendor da Verdade Católica