Há varias objeções sobre o cânon bíblico,
primeiro devo fazer entender o que é cânon ou cânone, e porquê? Cânone, em hebraico qenéh e no grego kanóni, tem o
significado de "régua" ou "cana [de medir]", no sentido de
um catálogo. Então cânon é a lista consideravelmente como os livros inspirados
por Deus, hoje em dia podemos ver muitas divergências nas bíblias, passo o
termo as bíblias, porque cada uma com seu número, e se existe instituições com
bíblias diferentes, não é nada por acaso, deve ter acontecido algo, ou uma
razão forte para tudo proceder dessa maneira, mas, uma certeza havemos de ter,
que há bíblias correctas e outras incorretas quanto na sua forma catalogada.
A bíblia da igreja una, santa, católica,
e apostólica, tem 73 livros, mas as dos protestantes 66, sem falar dos
católicos ortodoxos, quero, exactamente falar acerca dessas duas grandes
divergências na bíblia católica e protestante, no entanto, sabemos bem que protestantes,
ou falando de protestantismo,e incluso vários grupos, e quase todos os
grupos têm a bíblia com 66 livros, quer dizer divergências em casos de doutrinas,
mas unidade ao ataque a igreja católica e a bíblia dos católicos. Mas, a partir desse exacto momento
vamos saber a verdade.Segundo a literatura judaica, Esdras, na qualidade de escriba e sacerdote, presidiu um conselho
formado por 120 membros chamado Grande Sinagoga que teria selecionado e preservado os rolos sagrados. Alguns acreditam que naquele tempo o
cânone das escrituras do antigo testamento foi fixado, (Esdras 7:10,14). Entretanto
esta tese é desacreditada pela crítica moderna. Os estudiosos concordam que foi essa mesma entidade que
reorganizou a vida religiosa nacional dos repatriados e, mais tarde, deu origem
ao supremo tribunal judaico, denominado Sinédrio.
Curiosamente os Saduceus e os
Samaritanos só aceitavam como canônicos os cinco livros de Moisés. Por esta razão, os especialistas
especulam que Esdras tenha reunido apenas o Pentateuco, isto é, os cinco livros de Moisés, e não todo antigo testamento,
Acredita-se que começando por Moisés, à proporção que os livros iam sendo
escritos, eram postos no Tabernáculo, junto ao grupo de livros sagrados.
E especula-se que tivesse sido Esdras quem reuniu os diversos livros e os
catálogou, desse modo estabelecendo a coleção de livros inspirados por Deus, mas
não. Sabemos que eram só o Pentateuco. Desses originais, os
copistas ou escribas fizeram cópias para uso das sinagogas largamente disseminadas. Porém a crítica não aceita a tese de
que livros posteriores ao tempo do profeta figuram na Bíblia Hebraica, do jeito que se pode ver, depois de
Esdras segundos eles não podia haver mais escritos inspirados por Deus, Mais com
as descobertas do Mar Morto e Massada
mostram que entre os antigos judeus ainda não havia um cânon bíblico fixo ou
instituído, que só veio depois do século I a criar corpo, e mesmo assim com
muitas divergências. Isso se vê no
caso de dúvidas, quanto ao cânon bíblico, quer isso dizer que ainda não
existiam um cânon totalmente catalogado, era só especulações.
No entanto, nenhum cânon ainda estava
organizado, é que o Cânone Hebraico de 39 livros, só foi realmente fixado
no Concílio de Jâmnia em 100 d.C., embora nesse
mesmo concílio livros como o de Ester, Daniel, Cântico dos Cânticos, ficaram de
fora do cânon. O Concílio de Jâmnia rejeitou todos os livros e
demais escritos e considerando-os como apócrifos, ou seja, não tendo evidências de inspiração por Deus e fonte de fé,
tanto quanto da verdadeira autoria.
Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros, como Ester e Cântico
dos Cânticos, conforme registro da Mishná. A tese de que o
trabalho desse Concílio foi apenas ratificar aquilo que já era aceito pela
grande maioria dos judeus através dos séculos, carece de fundamento científico
e é rejeitada pela majoritariamente pelos especialistas, isso por causa da
crença dos livros que supostamente foi catalogado por Esdras. Usando dessa ignorância os Judeus da Palestina realizaram o concilio de Jãmnia (100 d.c),
catálogou os livros antigos que para eles seria o único autêntico cânon, porque
se tornara o seu cânon. E colocando todos
seus critérios: Quais eram?
1ª
O livro nunca poderia ter sido escrito fora de Israel.
2ª O livro não
poderia conter passagens ou textos em aramaico ou grego, mas apenas em
hebraico.
3ª O livro não
poderia ter sido redigido após a época de Esdras (458-428 a.C.), já que
acreditavam que foi Esdras quem agregou todos livros antigos
4º O livro não
poderia contradizer a Lei de Moisés (Pentateuco).
Os livros não reconhecidos pelo sínodo da Jâmnia e que aparecem na
tradução dos Setenta são tecnicamente chamados de deuterocanônicos, em virtude de não terem sido unânimemente
aceitos. São considerados, portanto,
deuterocanônicos, no Antigo Testamento os livros de: Tobias, Judite, Baruc,
Eclesiástico ou Ben-Sirá, Sabedoria, 1Macabeus e 2Macabeus, além das seções
gregas de Ester e Daniel. Todos esses livros, foram negados, chamando-as
de deuterocanõnicos, e que os protestantes, chamam de apócrifos.
Agora falando da Septuaginta, foi tida em alta conta nos tempos
antigos. Fílon de Alexandria e Flávio Josefo
consideravam-na divinamente inspirada. Além das traduções latinas antigas, a Septuaginta também foi a
base para as versões em eslavo eclesiástico, para a Héxapla de Orígenes (parte) e para as versões armênia, georgiana e copta do Antigo testamento.
De grande significado para muitos cristãos e estudiosos da Bíblia, é citada
no Novo Testamento e pelos Padres da Igreja. Muito embora os judeus da palestina não usarem a Septuaginta
desde o século II, recentes estudos acadêmicos trouxeram um novo interesse sobre o tema
nos estudos judaicos. Alguns
dos pergaminhos do Mar Morto sugerem que o texto hebraico pode ter tido outras fontes que não
apenas aquelas que formaram o texto massorético. Em vários casos, estes novos textos
encontrados estão de acordo com a LXX.
Os mais antigos códices da LXX (Vaticanus e Sinaiticus) datam do século IV. O que quer dizer
que a setenta (LXX) é a tradução mais antiga que o canon dos Judeos da
palestina, Vários estudos atestam que os Apóstolos e Evangelistas usaram a
Septuaginta, por exemplos: a Sociedade Bíblica do Brasil afirma que "pois, como se sabe muitas citações (e alusões)
do Antigo Testamento no Novo Testamento procedem diretamente da clássica versão grega".6 E que das 350 citações que o Novo Testamento faz do Velho
Testamento, pelo menos 300 provêm da versão grega.6
Exemplos de trechos
referentes a Septuaginta podem ser encontrados no Evangelho segundo Mateus, por exemplo, onde Jesus Cristo em resposta ao diabo diz:6
"Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que
procede da boca de Deus." Mt 4, 4.
Jesus referiu-se
a Deuteronômio 8,3, onde é usada "da
boca do Senhor" enquanto a Septuaginta traz "da boca de Deus".6.
E
o que isso tem a ver com os católicos e os protestantes? Bem, é fácil, é que o
protestantismo aceitou como cânonico os livros do sinodo de Jãmnia, e os
católicos optaram pela setenta (LXX), o cânon de Alexandria que é o cânon de 46
livros, e dos protestantes com os judeus da palestina, só tinha 39 livros,
lembremos que esses judeos não tinham autoridade nenhuma sobre o assunto, além
do mais esses judeus da palestina em qual os protestantes optaram pelo seu cânon,
eram que menos acreditavam em Jesus, assim negaram todo novo testamento porque
foi escrito em grego, e a igreja católica optou pelo cânon de alexandria, canân
com 46 livros ou mais, mas a Igreja teve que discernir quais livros faziam
parte da bíblia, contando já com o novo testamento e muitos outros livros como
os gnósticos e várias cartas, porque tinha vastos livros, a setenta é
totalmente a bíblia grega, quer dizer originariamente hebraica mas traduzida em
grego por 72 sabios século
III a.C. por isso, os Judeus não aceitaram como cânonico, por
verem a lingua e diversos outros criterios, mais vale ressaltar que a setenta é
a completa e a verdadeira versão do antigo testamento,
porque a Igreja primitiva a usou, inclusive Jesus, e porque quem determina é a Igreja,
porque o Espírito Santo está nela.
Uma coisa que devemos ter em mente é que a septuaginta, ou cânon alexandrino, foi
catalogado primeiro. (sec III AC) com relação ao concilio de Jamnia (sec I D.C).
No final do século IV, Concílios Ecumênicos afirmaram o cânon alexandrino.
É o caso dos concílios de Roma (382 d.C., dando origem ao cânon
damasceno), Hipona I (cânon 36,393 d.C., Cartago III (cânon 47, 397 d.C), Cartago IV (cânon 24, 417 d.C. e Trullo (cânon 2, 692 d.C.). Um
documento conhecido como Decreto Gelasiano (496 d.C.) também opta pelo cânon
alexandrino.
Outra coisa é que as igrejas
orientais também fizeram sua opção pelo cânon alexandrino, adotando a Septuaginta como a versão oficial do Antigo Testamento.
Desta forma, depois do século IV, o
cânon alexandrino havia obtido aceitação ampla em toda a Igreja: no Ocidente com as versões da Vetus Latina e a Vulgata. e no Oriente com aSeptuaginta.
No início do século XV, um grupo
dissidente da Igreja Copta (de crença monofisista), conhecidos como "jacobitas", questionou o cânon alexandrino
entre outras coisas. Em 1441, o Concílio Ecuménico de Florença, através da
bula Cantate Domino
(4 de Fevereiro de 1442) confirmou o caráter canônico do cânon alexandrino.
Com a Reforma Protestante, Lutero voltou a questionar o
caráter canônico dos Deuterocanônicos do Antigo e trechos e livros do
Novo Testamento como a carta aos Hebreus, Tiago - Pedro - II João - III João - Judas - Apocalipse de João, negando inclusive seu caráter
eclesiástico, pois para ele estes livros eram contrários à fé. Em 1545, foi convocado o Concílio de Trento, que novamente reafirmou o caráter canónico
do cânon alexandrino. No entanto, o pai do protestantismo, além de optar por um
cânon menos verídico, e sua dúvida nos chamados deuterocanonicos, cartas, Durante
a Reforma Protestante, Martinho Lutero demonstrou dúvida quanto à autoria e canonicidade de alguns livros
do Novo Testamento, que também são deuterocanonicos: Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse, entre os outros. No entanto
sem maiores evidências da não autenticidade da mensagem, ao traduzir o Novo
Testamento para o alemão em 1522, Lutero traduziu esses livros perfazendo ao
todo 27 livros que temos hoje. Quer
dizer que Lutero traduzio os deuterocanonicos do novo testamento e talvez tenha
traduzido também as do antigo testamento, o da bíblia original, a setenta
(LXX), ou a septuaginta. Outra coisa
a bíblia católica, a setenta (LXX), foi o primeiro livro a ser impresso pela
imprensa de Gutenberg, impressa antes do protestantismo.
Vendo tudo isso, podemos ver o grande
erro protestante quanto ao cânon bíblico, e o que mais me faz sorrir, é que
eles acham que suas bíblias são verdadeiras.
Por: Benedictus Manuel
Esplendor da Verdade Católica
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Fonte:
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LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A
Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS,
2007.
·
PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia,
Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
·
ROST, Leonard. Introdução aos Livros
Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.
·
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Antigo
Testamento Poliglota, hebraico, grego, português, inglês. São Paulo: Vida Nova,
2003
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