terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Santo Tomás de Aquino e a Questão da adoração da Santa Cruz e os das imagens de Cristo!





Não é novidade o protestantismo deturpar as palavras dos santos padres e teólogos católicos assim como fazem com a própria bíblia, no entanto, os protestantes por insuficiência prova de que os católicos adoram imagem, eles agora deturpam as palavras de santo Tomás, apresentada em sua suma teológica.

Santo Tomás de Aquino, como um bom católico e não só, como um santo e doutor da igreja, tem sido caluniado e suas frases deturpadas, na verdade o que ele disperta aos hereges, é odio pelo facto de ter um vasto conhecimento e esclarecer a doutrina católica em vários pontos. Sendo assim, o tamanho fracasso da  apologética protestante surpreende a cada dia que passa, como nunca encontram provas para assassinar os católicos com seus malabarismos de que a Santa igreja, a igreja de Jesus adora imagens, ou seja, é idolatra, eles inventam deturpando as Palavras de Santos padres e doutores católicos sem saber o real sentido que está por detrás das palavras deles, ou seja, fazem a vontade dele se cumprir nas palavras dos Santos e doutores, e desta vez, é Santo Tomás de Aquino, um grande doutor que na qual os protestantes aventureiros se meteram a aventurar-se refutando e deturpando suas palavras.

O que vamos expor agora aqui, é a questão 25 da suma teológica parte III, que fala da “adoração de Cristo” concretamente no artigo 3 e 4. Sendo assim, notem bem caríssimos leitores, o protestantismo é perverso. As objecções veem em primeiro até a barra amarela, a seguir veem as repostas às objecções com barra vermelha e a seguir. Coloquei desse jeito para dar uma compreensão clara do assunto.





Essa é a clara resposta de Santo Tomás de Aquino frente a questão da adoração as imagens de Cristo, ele cita Damasceno mostrando que a honra prestada a imagem remonta ao modelo original, e quem é o modelo original? Cristo. Cristo é o modelo original, então, se a Cristo se deve adoração de latria, do mesmo jeito as imagens dele devem ser adorada com latria, isto porque toda veneração a imagem é voltada ao mesmo Cristo. Ainda ele é claro, na solução no segundo movimento cujo “objeto é a imagem como tal, é idêntico ao que tem por objeto o ser a qual ela pertence”. “Donde se conclui que as imagens de Cristo em quanto uma determinada coisa, por exemplo, madeira esculpida ou imagem pintada, não lhe devemos dar reverência, porque reverência só podemos dar a natureza racional”. O Santo e doutor da Santa igreja, exemplifica, numa compreensão mais clara, ele está dizendo que se as imagens de Cristo fossem uma coisa, como uma mera imagem esculpida e pintada, sem nenhum significado a natureza racional, isto é, Cristo! Não se pode reverenciar porque reverência se dá a natureza racional que nos escuta e pensa, e as imagens de Cristo ao ser reverenciadas, é seguida a mesma reverência a Cristo, o modelo original.

Já quanto a resposta a primeira objecção, Santo Tomás, diz aquilo que a igreja ensina, que o movimento para a imagem é o mesmo que para a realidade da imagem, e esta realidade é Jesus. Ainda ele diz que no Novo testamento Cristo fez-se carne, e ele pode ser adorado na sua imagem corpórea. “Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que (sétimo Concílio ecumênico, em Nicéia (em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova "economia" das imagens”.

A resposta a segunda objecção, ele diz que as imagens de Cristo damos adoração de latria isto pela realidade, como nos diz o catecismo da igreja sobre a realidade das imagens. “O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem”. Desse modo, Santo Tomás, não está ensinando que se deve adorar as imagens de Cristo por serem imagem por si só, mas pela realidade que o mesmo representa.

A resposta a terceira objecção, ele diz que a criatura racional, isto é o ser humano, é devida a reverência por si só, por onde, se a criatura racional que é imagem de Deus fosse dada adoração de latria, haveria muitos erros, isto porque o afeto dos adoradores ficaria no homem, como um determinado ser, sem levar-se a Deus de que é ele imagem. Ele ainda diz que isto não acontece com as imagens ou pintada na matéria sensível, isto porque nas imagens não se vê a realidade em si, mas, sempre se pensa no que ela representa, ao contrário do homem que é em si uma realidade mesmo sendo imagem de Deus.

E a quarta, não tem muito que argumentar já que ele diz que a adoração de latria as imagens de Cristo, fazem parte da Tradição e que os apóstolos ensinaram, Santo Tomás teria uma razão muito forte para afirmar isto, uma vez que se trata de um doutor e além do mais ele menciona São Lucas ter pintado uma imagem de Cristo que segundo se diz que está em Roma.





O artigo 4 que trata da adoração da Santa Cruz não é nada diferente daquilo que já explicamos nos passos anteriores concernente a adoração de latria as imagens de Cristo, diríamos praticamente, todo padrão aplicados nos passos anteriores é o mesmo. Mas, mesmo assim, vale falar detalhadamente acerca do mesmo porque protestante tem cabeça dura como uma pedra!

Também Santo Tomás, na solução, fala que honra e reverência é dada a natureza racional, e que a criatura insensível não podemos honrar nem reverenciar senão a natureza racional, ou por esta estarem de uma maneira unida. Santo Tomás nos diz que os homens veneram a imagem do rei e suas vestes com as mesmas venerações que eles dão ao rei, e isto é claro com certeza absoluta, porque a imagem, representa o próprio rei, e as vestes, tiveram contacto directo com o rei. Os mesmos padrões é aplicado a Cruz! Porque Santo Tomás diz que se nos referirmos a cruz cujo o qual Cristo foi crucificado, ela deve ser venerada porque representa primeiro a figura de Cristo estendida nela, segundo, pelo contacto dos seus membros e por ter sido embebido com o seu sangue. Desse modo, salienta Santo Tomás, o mesmo deve ser adorado com latria porque o é Cristo! E do mesmo modo, dirigirmos palavras e orações como faríamos ao próprio Cristo. Mas, se se trata da efigie da cruz de Cristo, em qualquer outra matéria por exemplo, pedra ou madeira, prata ou ouro, então veneramos a cruz somente como imagem de Cristo, que veneramos com adoração de latria. É clara a afirmação de Santo Tomás, pois, ele está dizendo que se for a própria cruz onde Nosso Senhor foi crucificado, nós a veneramos como se fosse o próprio Cristo, mas, se se tratar de efigie da cruz de Cristo em qualquer outra matéria, nós veneramos como imagem de Cristo, mas ambos com adoração de latria, porque uma é Cristo e outra representa Cristo.

A primeira resposta do artigo 4, ele nos diz, que os infiéis consideram a cruz como opróbrio de Cristo, mas nós cristãos pelo efeito que produziu lá, da nossa salvação, consideramos-la como virtude divina dele, com a qual triunfou dos inimigos. Por isso São Paulo nos diz:

18. A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (1Cor 1,17-18

14. Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo (Gl 6,14)

A Segunda resposta, Santo Tomás vai na cruz, no sentido daquela do calvário e da representação, ele diz que prestamos reverência a ela, pelo simples facto de estar em contacto com o seu corpo e pela representação.

Na terceira resposta ele diz, que adoramos não só a cruz, mas, tudo que é dele, pois em razão do contacto dos membros dele. Acrescenta ainda, segundo Damasceno, que é racional adorarmos o lenho precioso como santificado pelo contacto do seu Santo corpo e sangue; e também os cravos, as vestes e a lança; e os seus santos tabernáculos. Mas, que tudo isso não representa a imagem de Cristo, como a cruz, chamada sinal do filho homem. Diz ainda que que veneramos a imagem da cruz de Cristo em qualquer matéria por esta razão. Mas, também nos diz que não veneramos a imagem dos cravos ou de qualquer outra coisa semelhante. Isto porque as imagens destas coisas nunca são sinal do filho do homem.


Tudo aquilo sobre a cruz de Cristo e as vestes, ninguém pode contestar, porque é como se fosse o próprio Cristo. E as escrituras deixam claros isso.

44. aproximou-se dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e no mesmo instante lhe parou o fluxo de
sangue.
45. Jesus perguntou: Quem foi que me tocou? Como todos negassem, Pedro e os que com ele estavam disseram: Mestre, a multidão te aperta de todos os lados...
46. Jesus replicou: Alguém me tocou, porque percebi sair de mim uma força.
47. A mulher viu-se descoberta e foi tremendo e prostrou-se aos seus pés; e declarou diante de todo o povo o motivo por que o havia tocado, e como logo ficara curada.(Lc 8,44-47)


Aqui Jesus deixa claro o que é defendido por Santo Tomás de Aquino, Santo Tomás, nos diz que a cruz de Cristo é como se fosse o próprio Cristo e não representação da cruz dele, assim como as vestes dele, em razão do contacto com o seu corpo. Note que, Jesus foi tocado em suas vestes e não diretamente em seu corpo, mas, ele diz perguntando: “Quem foi que me tocou”? E replicou: “Alguém me tocou, porque percebi sair de mim uma força”.

Fica então assim evidente que, Santo Tomás de Aquino, não é idolatra e muito menos a igreja é, porque tudo está explicito, para o Santo e Doutor, toda adoração com o culto de latria às imagens de Cristo e sua cruz, giram em torno da realidade que é Jesus, ele mesmo é a natureza racional, é o modelo original. E sobretudo, repetindo algo que sempre tenho dito, idolatria consisti na exclusão total de Deus e substituição absoluta do seu ser ou de suas obras e da-las a uma criatura. Assim como fez o povo de Israel a quando fabricaram o bezerro e a confiança que os adoradores de Baal dava a ele.

2132 O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe
os ídolos. De fato, "a hora prestada a uma imagem se dirige ao modelo Original, e "quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada. A honra prestada às santas imagens é uma "veneração respeitosa", e não uma adoração, que só compete a Deus:

Oculto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em
seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem. (CIC 2132)


Escrito por: Benedictus Manuel

4 comentários:

  1. Muito bom.. O diabo até pode conseguir pousar mas não devemos deixar que fazem ninho nas nossas mentes. Existe duas formas de prestarmos culto, de forma absoluta ou relativa. De forma absoluto é na eucaristia pois Santíssima Eucaristia é nosso Senhor, em Corpo,Alma e Divindade. E Adoração da Cruz é de forma Relativa, o culto é dado diretamente ao Objecto mas indireiramente a Deus. Santo Tomás rogai por nós.

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  2. Grande esclarecimento, irmão!
    Salve Regina!

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