sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O matrimónio


O matrimónio é o sacramento do amor, da família, para santificação dos esposos, assim também dos filhos, mas estritamente ligada a duas pessoas de sexo oposto que se amam. Porém, duas pessoas que se amam, não têm o bem maior numa relação que não seja o matrimónio, no entanto deve ser realizado com firme certeza e total entrega um ao outro como um só, porque Deus fez homem e mulher para juntos formarem uma só carne.

Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar.
22. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.
23. “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”
24. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Génesis 2,21-24).

O matrimónio é uma instituição antiga, foi Deus quem deu origem a esse belíssimo sacramento de amor de duas pessoas que se amam, não é só, mas para a procriação e educação dos filhos. E o sacramento do matrimónio realiza-se mediante uma promessa entre um homem e uma mulher, prestada diante de Deus e sua igreja, aceite e selada por Deus e concluída pela união corporal do casal. Porque é o próprio Deus que do laço do matrimónio sacramental, ele mantém-no unido até á morte de um consorte (you cat, ou catecismo Jovem. Pag:261), isso quer dizer que o sacramento do matrimónio não há divórcio, até que um dos parceiros morra. Só a morte, nada mais. Os protagonistas da aliança matrimonial são um homem e uma mulher batizados,
livres para contrair o Matrimónio e que expressam livremente seu consentimento. “Ser livre” quer dizer:
ü não sofrer constrangimento;
ü não ser impedido por uma lei natural ou eclesiástica. (CIC 1625)

A Igreja considera a troca de consentimento entre os esposos como elemento
Indispensável “que produz o matrimónio”. e faltar o consentimento, não há casamento(CIC 1626)
O consentimento consiste num “acto humano pelo qual os cônjuges se doam e se
Recebem mutuamente”: “Eu te recebo por minha mulher” - “Eu te recebo por meu marido. Este consentimento que liga os esposos entre si encontra seu cumprimento no facto de “os dois se
Tornarem uma só carne”. (CIC 1627).

O matrimónio sacramental pertence necessariamente três elementos, como o catecismo já disse, e isso para sua realização absoluta:

1ª O consentimento livre.
2ª A concordância com uma união para toda a vida e apenas com o consorte.
3ªa abertura aos filhos (youcat 262)

O matrimónio é indissolúvel, isso por três razões, primeiro porque corresponde á essência do amor, entregar-se mutuamente sem reservas. Depois, porque ele é imagem da incondicional fidelidade de Deus á sua criação. Finalmente porque ele representa a entrega de Cristo á sua igreja até á morte na cruz (youcat 263), no entanto as sagradas escrituras concordam também com a indissolubilidade do sacramento.

Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo à prova: É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?
4. Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse:
5. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne?
6. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu (Mt 19,3-6).
2. Assim, a mulher casada está sujeita ao marido pela lei enquanto ele vive; mas, se o marido morrer, fica desobrigada da lei que a ligava ao marido.
3. Por isso, enquanto viver o marido, se tornar mulher de outro homem, será chamada adúltera. Porém, morrendo o marido, fica desligada da lei, de maneira que, sem se tornar adúltera, poderá casar-se com outro homem (Rm 7,2-3).

Desse modo, sabemos que não há divórcio no casamento, só a morte conforme a bíblia e a igreja católica. Mas tem seitas e igrejas protestantes que pregam o divórcio do sacramento, dizendo que os casados podem divorciar-se, no caso de uma traição, mas isso é errado. Os judeus também criam que pudesse ter divórcio, por causa da lei de Moisés, mas Moisés sabia a verdade, só cedeu o repúdio do matrimónio, por causa da dureza dos corações deles, e os protestantes que pensam que mesmo com uma traição pode haver divórcio, estão errado, e também têm uma certa dureza em seus corações que não é amor, para isso convido os protestantes a lerem a 1ªcarta aos Coríntios 13,1-13. Porque o que Deus une, ninguém separa, além do mais todo pecado há perdão excepto a blasfémia contra o Espírito santo, se somos cristãos e irmãos, chamados para nos amarmos, porque não perdoar o próximo ou o erro de outrem? Devemos saber que somos imperfeitos, no casamento podemos até chegar a errar, até cometer adultério, mas também merecemos oportunidades e perdão, assim sobrevive o matrimónio, No entanto os que tentam defender o divórcio em caso de alguém ter se metido com uma outra mulher ou rapaz é um erro, ambos merecem chances e de continuarem a vida, porque é longa, isso que eu disse, não é, e nunca pode ser incentivo de infidelidade ou de outros erros, procuremos sempre a perfeição em nosso lar. O que realmente ameaça o matrimónio é o pecado; o que remova é o perdão; o que o fortalece é a oração e a confiança na presença de Deus (youcat 264). Outra coisa, os protestantes e todos nós católicos vimos versículos bíblicos que afirmam, que não há divórcio após o matrimónio, falta mostrar o porque Moisés cedia o divórcio.

Disseram-lhe eles: Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?
8. Jesus respondeu-lhes: É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim (Mt 19,7-8).

1. Saindo dali, ele foi para a região da Judeia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.
2. Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3. Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4. Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5. Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6. mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8. e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu.” (Mc 10,1-9)

No entanto, é assim, não há divórcio para qualquer situação de erro entre os dois que só são um. Mas se qualquer dia ou tempo, alguém optar em deixar do outro, então esse não pode e poderá se casar nunca, porque o sacramento é eterno, a única separação para a abertura de outra oportunidade de se casar é a morte de um dos dois. por exemplo aqui em Angola e talvez em toda parte do mundo há casados que se deixam livremente, esses não podem se casar, nem estar com ninguém mais, porque se fizer, será adultério de qualquer maneira. O nosso modelo de vida Nosso Senhor Jesus Cristo disse isso:

Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11. E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério.” (Mc 10,11-12)

Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, excepto no caso de matrimónio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério (Mt 19,9)

Todo o que abandonar sua mulher e casar com outra, comete adultério; e quem se casar com a mulher rejeitada, comete adultério também (Lc 16,18)

2. Assim, a mulher casada está sujeita ao marido pela lei enquanto ele vive; mas, se o marido morrer, fica desobrigada da lei que a ligava ao marido.
3. Por isso, enquanto viver o marido, se tornar mulher de outro homem, será chamada adúltera. Porém, morrendo o marido, fica desligada da lei, de maneira que, sem se tornar adúltera, poderá casar-se com outro homem (Rm 7,2-3)

10. Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido.
11. E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente, o marido não repudie sua mulher (1Corintios 7,10-11).

Porque não pode haver separação? Por muitas razões atendendo o compromisso serio em que os dois se puseram no altar para casar, mas a mais destacada é a imagem fiel da indissolubilidade do matrimónio da união de Jesus e sua igreja, Jesus nunca abandonará sua igreja.

22 As mulheres sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor.
23 De facto, o marido é a cabeça da sua esposa, assim como Cristo, salvador do Corpo, é a cabeça da Igreja.
24 E assim como a Igreja está submissa a Cristo, assim também as mulheres sejam submissas em tudo aos seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela;
26 Assim, Ele a purificou com o banho de água e a santificou pela Palavra,
27 Para apresentar a Si mesmo uma Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou qualquer outro defeito, mas santa e imaculada.
28 Portanto, os maridos devem amar as suas mulheres como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, está amando a si mesmo.
29 Ninguém odeia a sua própria carne; pelo contrário, nutre-a e cuida dela, como Cristo faz com a Igreja,
30 Porque somos membros do seu corpo.
31 Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e os dois serão uma só carne.
32 Este mistério é grande: eu refiro-me a Cristo e à Igreja.
33 Portanto, cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido (Efesios 5,22-32).

Essa é a imagem da fidelidade total, por isso Jesus disse que está, e estará todo tempo com sua igreja (Mt 28,19-20.

A questão do grau de superioridade do homem perante a mulher, de que muitos cristãos católicos e ateus, seitas protestantes crêem.

 Vamos entender bem isso, ninguém é superior a ambos os géneros, porque tanto o homem e a mulher foram feitos á imagem e semelhança de Deus: Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus Ele o criou; e criou-os homem e mulher (Génesis 1,27), E além do mais, ambos vêem para o mesmo fim. Com tudo isso, aos olhos do Senhor, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem.
12. Pois a mulher foi tirada do homem, porém o homem nasce da mulher, e ambos vêm de Deus (1corintios 11,11-12) «O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.
4. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa(1 Coríntios 7,3-4).
Não há mais diferença na mulher nem no homem, porque todos somos um só em Cristo: Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus (Gálatas 3,28).

Quando se ama de verdade, ninguém pode se considerar superior. Quando carece de amor, tudo muda, o homem faz o que lhe apetece e até faz da mulher sua escrava. É claro que tem certos deveres que a mulher deve cumprir, mas não considerando-a como sua propriedade ou escrava. Desse modo, há igualdade nos dois que só são um. Os dois com mesmos direitos.

 O consentimento deve ser um acto da vontade de cada um dos contraentes, livre
De violência ou de medo grave externo. Nenhum poder humano pode suprir esse
Consentimento. Se faltar esta liberdade, o casamento será inválido (CIC 1628).

Por esta razão (ou por outras razões que tornam nulo e inexistente o Matrimónio),
a Igreja pode, após exame da situação pelo tribunal eclesiástico competente, declarar “a nulidade do casamento”, isto é, que o casamento jamais existiu. Neste caso, os contraentes ficam livres para casar-se, respeitando as obrigações naturais provenientes de uma união anterior. (CIC 1629).

Um casamento verdadeiro tem que haver consentimento livre e não obrigação, medo ou qualquer coisa que esforce o casamento, tem que haver essa liberdade de escolha entre os dois, além do mais, tem que ter a certeza absoluta que é com essa pessoa que pela qual eu quero partilhar a minha vida para sempre até a morte, e outra coisa, a abertura aos filhos, não pode haver casamento com pensamentos de que não quero ter filhos porque atrapalha, ou qualquer outra coisa, porque foi para isso que Deus nosso senhor instituiu esse mistério, os casados são livres de terem quantos filhos Deus os conceder, atendendo o seu estado económico. A carência dos três elementos principais para a realização do sacramento do matrimónio: O consentimento livre, a concordância com uma união para toda a vida e apenas com o consorte, e a abertura aos filhos. Faz com que o casamento seja nulo, totalmente inválido se já havia se feito, se ainda não, não pode ter casamento, pois seria uma falsidade.

Quanto aos casais que sofrem de infecundidade podem recorrer á ajuda médica que não esteja em contradição com a dignidade humana, com os direitos da criança que será concebida e com a
  »Santidade do» sacramento do matrimónio. (youcat 422)

Os casais que não têm o dom ou abertura para terem filhos, podem adoptar filhos e comprometer-se socialmente de outra maneira, cuidando, por exemplo: De crianças abandonadas. Como seus próprios filhos, e ama-los como irmãos e como verdadeiras pessoas e filhos de Deus, herdeiros também da herança prometida por Jesus, e formar uma família feliz. Mais quando os casados sabem que os dois estão abertos a fecundidades e economicamente bem, e não querendo procriar no casamento; é meramente uma ilusão, e de verdade não existiu consentimento livre e amor para houver casamento.

Há uns que não têm esse dom de se casar, porque assim disse Jesus, têm um dom muito especial, de seguirem a Jesus de mais perto, trata-se do celibato que já expliquei em outra matéria, lá tem a compreensão total do assunto, porque logo ao elaborar essa matéria pensei nesse questionamento que as pessoas fazem e que até pudessem fazer, ou irão fazer, portanto o porque uns têm o dom de casar (reunir famílias, e porque outros têm o dom de não casarem cuidar da igreja de Jesus (dos demais fieis da vinha do senhor).

Uma coisa que os divorciados livremente devem saber, é que ao ficarem com outras pessoas, cometem adultério, e o mesmo acontece com as pessoas que ficarem com esses divorciados, porque o casamento cristão, especialmente católico é eterno, só a morte separa, não tem divórcio. Falo do casamento religioso e não civil, porque casamento é uma instituição divina.

Evitemos conversas obscenas, cobiça, ciúmes, mal companinhas, adultério, e todo qualquer tipo de desejo obsceno, para assim manter o verdadeiro compromisso matrimonial.


Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se  entregou por ela, (Efésios 5,25)


Escrito por: Benedictus Manuel


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